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Um exercício ético e político de escuta dos traumas e esperanças das mulheres africanas, publicado em 1978, em sua primeira edição brasileira.
Inaugurando a autoria feminina na coleção Biblioteca Africana, Com a palavra, as pretas parte da premissa de que nunca uma mulher é violentada no mundo sem que nós também sejamos feridas. Porém, o reconhecimento de uma condição em comum se esvai quando as vítimas são mulheres africanas por causa de sua brutal objetificação, inclusive na própria África, e dos efeitos do colonialismo.
Nesse sentido, Thiam fez de sua obra um manifesto em defesa da libertação das “irmãs negro-africanas”, tornando-se uma das vozes pioneiras no continente a combater a mutilação genital feminina e a poligamia. Ela decide ouvir as pretas e, junto com elas e a partir delas, faz uma crítica radical à subjugação feminina em África. Movida por um gesto ético de escuta e cuidado, cria uma roda em que as mulheres africanas podem enfim romper o silêncio e se insurgir contra os papéis e usos a que são submetidas.
Com depoimentos pungentes e corajosos de mulheres do Mali, do Senegal e da Guiné, o que está em jogo é escutar o que elas sentem e pensam em primeiro lugar, encorajando-as a denunciar em alto e bom e som práticas que elas mesmas consideram “verdadeiras torturas”. É, principalmente, entender que cabe às pretas dizerem quem elas são e estabelecerem a sua própria verdade. E, assim, ela nos faz pensar que, no dia em que as mulheres africanas se libertarem, todas nós também seremos livres.
Páginas | 236 |
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Data de publicação | 24/06/2025 |
Formato | 21 x 14 x 1.3 |
Largura | 14 |
Comprimento | 21 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | SOC008010; SOC028000; SOC002010 |
Classificações THEMA | JBSL; JBSF1 |
Idioma | por |
Peso | 0.296 |
Lombada | 1.3 |